terça-feira, 17 de julho de 2012

PORTO SEGURO - Decretada preventiva de policiais acusados de torturar preso até a morte em delegacia


rês investigadores da Polícia Civil, lotados na Delegacia Territorial de Porto Seguro, além do filho de um dos policiais, suspeitos de estarem envolvidos com a morte do preso Ricardo Santos Dias, 21 anos, já são considerados foragidos da Justiça.
Ricardo era apontado como suspeito de ter matado o comerciante Guelé na última quarta-feira, 11,  no centro de Porto Seguro
Os policiais civis Otávio Garcia Gomes, de 43 anos, Joaquim Pinto Neto, 42, Robertson Lino Gomes da Costa, 44, lotados na da 1ª Delegacia Territorial de Porto Seguro – além de Murilo Bouson de Souza Costa, 22, filho de Robertson – tiveram a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira, 16, pelo juiz da Vara Crime de Porto Seguro, André Marcelo Strogensky, e já são considerados foragidos da Justiça.
Juiz André Strogenski
Com mandado de prisão preventiva expedida na manhã desta segunda-feira (16), pelo juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Porto Seguro, André Marcelo Strogenski, o quarteto é apontado como responsável pela morte de Ricardo, que sofreu diversas lesões ao ser espancado na noite de sábado (14), na carceragem da delegacia local. 
Segundo a polícia, o preso foi retirado da cela, torturado e depois deixado na porta do Hospital Luís Eduardo Magalhães, muito ferido e com sinais de intoxicação por gás de pimenta. Além disso, teria sido abandonado já morto e sem qualquer identificação.

Ricardo foi preso no fim da manhã de sábado, numa operação da Polícia Militar, no Mercado do Povo, no bairro do Baianão, em Porto Seguro, sob a acusação de ter matado, em assalto, o comerciante Gelé, proprietário da Relojoaria Pontual, no centro da cidade. Mesmo socorrido para uma unidade de saúde, o preso não resistiu aos ferimentos e faleceu de traumatismo craniano.
Delegado Evy Paternostro e a equipe da SSP/BA
Por determinação do secretário Maurício Barbosa, o corregedor-geral da Secretaria da Segurança Pública, delegado federal Nélson Gaspar, e a corregedora da Polícia Civil, delegada Iracema Silva de Jesus, seguiram para Porto Seguro, para acompanhar as investigações, presididas pelo delegado Evy Paternostro, titular da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Eunápolis).
De acordo com o corregedor-geral, as investigações estão avançadas, mas este não informou as prováveis causas do crime. “Testemunhas já foram ouvidas e os exames periciais requisitados. Agora só resta a polícia cumprir os mandados de prisão dos acusados”, informou.
O inquérito inclui ainda as imagens registradas pelas câmeras de seguranças instaladas na Delegacia de Porto Seguro, que mostram o momento da entrada e da saída dos acusados no dia e no local do crime.
Integrantes da Coordenadoria de Operações Especiais (Coe) e do Departamento de Investigação Policial (Dip), unidades da Polícia Civil, também já estão em Porto Seguro para auxiliar na captura dos envolvidos, enquanto o Departamento de Polícia Técnica (DPT), responsável pela realização de perícias no local, anunciou que os laudos ficarão prontos dentro de 10 dias.
Além de submetidos a um inquérito criminal, os investigadores responderão também a um processo administrativo disciplinar, que poderá resultar na demissão do trio.



*Por: Tudo na Bahia* #Fotos#

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