terça-feira, 17 de julho de 2012

CASO GUELÉ - Investigação descarta participação de sobrinho no assalto à relojoaria


"Nada tenho a ver com esse assalto e as investigações da polícia comprovaram isso"
disse Manolo na redação do Topa Tudo, na tarde desta segunda, 16



A polícia liberou na manhã desta segunda-feira, Manolo Reis de Oliveira, de 24 anos, sobrinho do comerciante Guelé, que estava preso desde o dia do crime para averiguação. Segundo a polícia, todos os álibis apresentados pelo detido foram checados e as investigações não apontaram nenhuma participação de Manolo no roubo seguido de homicídio.

Assustado com o clima de revolta que se instalou na cidade, desde o dia do crime, Manolo procurou a redação do Topa Tudo para esclarecer o episódio e pedir que fosse publicada a sua soltura e liberação da condição de suspeito. 

Na redação do jornal, Manolo contou que foi preso por volta das 11:20, no local onde mora, por dois homens que ele imagina serem investigadores de polícia e levado para a delegacia onde foi interrogado e ficou custodiado até que todo o episódio fosse esclarecido. No sábado diz ter sido procurado pela tia, esposa do comerciante assassinado,  que não teve permissão pra falar com ele.

O rapaz, que se mostra muito abalado, também conta que não fora trabalhar na quarta-feira porque havia saído naquela noite com uma garota, só indo dormir às quatro da manhã e acordando por volta das onze com a disposição de se dirigir à loja. Nesse meio tempo, recebeu uma ligação falando sobre o assalto e a morte do tio, que o deixou, segundo ele, muito abalado. Logo em seguida foi abordado pelos dois homens e levado para a delegacia. "Não entendia muito bem o que estava acontecendo e naquele momento, comecei a viver um pesadelo", desbafa.

Manolo disse ainda que nunca teve nenhum desentendimento mais sério com o tio, Guelé, ou com a mulher do comerciante, D. Selma, mas, ao receber o telefonema perguntando onde ele estava naquele momento, mentira dizendo que estava no Baianão, para justificar o seu atraso no trabalho. O rapaz também se disse surpreso com as muitas versões para o caso que circularam na cidade, nenhuma, segundo ele, verdadeira ou plausível.

"Quero dizer as pessoas, que não tenho nada a ver com essa barbaridade que aconteceu com meu tio, com quem tinha uma boa relação. Algumas vezes ele me chamava a atenção por qualquer vacilo comum na minha idade, mas nada sério. Nunca estive envolvido com nada errado, não sou envolvido com drogas, levo uma vida normal como qualquer jovem, saio com amigos, namoro,  estudo. É muito ruim ser olhado com suspeita pelas pessoas e eu  me senti muito mal hoje, porque vi alguns amigos evitando ficar perto de mim, depois que fui liberado. Sou inocente e a polícia comprovou isso".

Manolo está cursando o 2o. ano do segundo grau no colégio CEPAC e  trabalhava com o tio há dois anos e dois meses, desde que veio de São Paulo para Porto Seguro.

Por telefone, a nossa reportagem entrou em contato com a Delegacia de Polícia e recebeu a confirmação de que nada havia que ligasse Manolo ao crime.

por Mara Magalhães








POR: JORNAL TOPA TUDO #Fotos#

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